Rede de apoio social e afetiva de mulheres que vivenciaram violência conjugal

Autores

  • Roberta Zanini da Rocha Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Paola Galeli Rodegheri Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Clarissa De Antoni Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2019.121.06

Resumo

A violência conjugal é uma questão de saúde pública pelos danos físicos, emocionais e sociais causados nas mulheres envolvidas. A rede de apoio social e afetiva pode ser um recurso para o enfrentamento dessa situação, entretanto ainda é pouca investigada. O objetivo desse estudo qualitativo foi investigar a concepção de mulheres que vivenciaram situações de violência conjugal sobre a sua rede de apoio social e afetiva, bem como entender as funções cumpridas por esta rede em seus contextos. Foram entrevistadas 5 mulheres que se encontravam afastadas, há pelo menos seis meses, do agressor. Os instrumentos foram um questionário sociodemográfico e entrevista semiestruturada. A partir da Análise Temática, encontrou-se ambivalência em relação à efetividade da rede no enfrentamento à violência. Ora foi considerada efetiva quando as participantes se sentiram apoiadas e receberam ajuda para que conseguissem romper o ciclo de violência, ora não-efetiva, em circunstâncias nas quais as outras pessoas demonstraram postura crítica ou indiferente diante do sofrimento da mulher. Além de não prestar assistência, por vezes a rede prejudicou as tentativas da mulher de sair da relação abusiva. Sendo assim, entende-se que as relações estabelecidas entre a mulher e sua rede de apoio social e afetiva são complexas e podem tanto facilitar quanto dificultar o enfrentamento da violência.

Palavras-chave: rede de apoio social; apoio social; violência conjugal.

Biografia do Autor

Clarissa De Antoni, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Departamento de Psicologia

Downloads

Publicado

2019-04-08

Edição

Seção

Artigos