Gravidez pós-estupro: considerações com base na Abordagem Bioecológica do Desenvolvimento Humano
DOI:
https://doi.org/10.4013/ctc.2018.113.01Resumo
Trata-se de uma pesquisa de estudo de caso realizada com uma vítima de violência sexual que engravidou e teve como desfecho a continuidade da gestação, após ter sido negada a interrupção legal. Teve-se como objetivo compreender os processos proximais vividos pela participante desde a rejeição à acolhida da gestação a partir dos pressupostos da Abordagem Bioecológica do Desenvolvimento Humano (ABDH). Os dados foram colhidos em hospital da cidade de Fortaleza (CE), por meio de duas entrevistas, de característica semiestruturada. Foram delimitadas quatro categorias de análise, que procuraram retratar desde as características da participante, as mudanças empreendidas ao longo do tempo, a interferência dos contextos até os processos proximais vividos da fase de rejeição à fase de maior vinculação com a gravidez/criança. Observou-se que, mesmo em situações adversas, como no caso de violência sexual e gravidez indesejada, é possível ressignificar a experiência e passar a olhar de outra forma para a gravidez/ criança, principalmente por conta da interferência de outros sistemas envolvidos, como a família e a equipe de profissionais, e também que a compreensão desse fenômeno necessita contemplar os múltiplos aspectos envolvidos, como ocorreu no caso em estudo, ao ser interpretado à luz da ABDH.
Palavras-chave: estupro, gravidez, abordagem bioecológica do desenvolvimento humano.
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