A função do objeto na clínica do autismo
DOI:
https://doi.org/10.4013/ctc.2018.111.06Resumo
O presente artigo parte do pressuposto de que o objeto se apresenta como um importante instrumento no que concerne ao tratamento das crianças. Tal como a associação livre na clínica com adultos, os objetos na clínica com crianças se colocam como função técnica e de mediação entre analista e criança. No tratamento com sujeitos autistas, essa metodologia também apresenta sua importância, uma vez que sabemos que essas crianças mantêm uma relação muito particular com os objetos. A partir disso, o objetivo deste artigo é elucidar a função do objeto na clínica psicanalítica com sujeitos autistas. Para isso, é preciso demonstrar como o objeto, enquanto instrumento necessário na clínica com crianças, pode participar da subjetividade desta no momento de sua constituição psíquica. Esse objeto pode se apresentar tanto como um brinquedo quanto como um objeto qualquer, e a utilização deste pela criança será representativa da importância dele para o tratamento. Visando perpassar por tais questões, foi realizada uma revisão da literatura, percorrendo autores que trabalham na clínica com crianças, como Anna Freud e Melanie Klein, e também autores que se dedicam à clínica com sujeitos autistas, como, por exemplo, Tustin, Maleval, Rosine e Robert Lefort. Portanto, o que se esclarece na prática clínica com crianças, bem como na clínica do autismo, é que o objeto, por contribuir para a construção particular do sujeito, pode ser utilizado como possibilidade de trabalho em análise.
Palavras-chave: autismo, objeto, psicanálise.
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