O recasamento: o papel da madrasta e sua relação com os enteados

Autores

  • Amanda Pansard Alves
  • Dorian Mônica Arpini

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2017.102.04

Resumo

Ao ingressar em um relacionamento em que o companheiro já possui filhos, é frequente que a madrasta tenha dificuldades para estabelecer a função que irá assumir nessa nova configuração familiar. Diante disso, este estudo qualitativo teve como objetivo investigar qual é o lugar ocupado pela madrasta na família recasada e como é sua relação com os enteados. Para tanto, integraram, neste estudo, seis mulheres que vivenciavam um relacionamento estável com um homem que possuía filhos de um relacionamento anterior, sendo que esses não residiam com o casal. Os dados foram coletados por meio de uma ficha de dados de identificação e de uma entrevista semidirigida com questões abertas, que foi avaliada por meio da análise de conteúdo temática. Os resultados apontaram para o envolvimento das participantes e para a atenção, especialmente em relação ao cuidado dos enteados, evitando interferir nos aspectos disciplinares. Além disso, alguns pais parecem ter assumido uma postura mais passiva na busca por uma aproximação com os filhos, tendo a madrasta exercido uma influência positiva para a manutenção da parentalidade. As considerações finais destacam a importância da flexibilização dos diferentes membros da família como estratégia para facilitar a acomodação dos papéis a serem desempenhados.

Palavras-chave: recasamento, madrasta, relações familiares, enteado.

Biografia do Autor

Amanda Pansard Alves

Mestra em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria

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Publicado

2017-12-04

Edição

Seção

Artigos