Fragilidade narcísica na adolescência: a caveira mexicana como paradoxo da vida e da morte

Autores

  • Alexandra Garcia Grigorieff Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2016.91.10

Resumo

A adolescência é um período do ciclo vital marcado pela administração de demandas pulsionais, biológicas e sociais, as quais exigem um intenso trabalho psíquico. A temática da identidade gera momentos instáveis, já que estão ocorrendo ressignificações da conflitiva edípica e é necessário o desprendimento do lugar de criança. Diante de tais considerações, é esperada a fragilidade do narcisismo do adolescente, já que o processo de constituição do ideal de Eu está se consolidando. É imprescindível considerar a linha tênue entre a fragilidade narcísica, inerente à adolescência, e o desamparo evidenciado pelo traumático. Assim, este artigo objetivou explorar o processo de constituição do Eu e as possíveis consequências de um Eu fragilizado na adolescência. Para tal, optou-se por um método qualitativo de revisão bibliográfica e de discussão de vinhetas clínicas, resultando em uma problematização teórico-clínica. Pode-se concluir que falhas ocorridas na constituição psíquica do sujeito adquirem um incremento na adolescência, exigindo um trabalho psíquico elaborativo nessa fase de vida. Dessa forma, a escuta psicanalítica apresenta-se como ferramenta de investigação de complexidades da adolescência, possibilitando a elaboração do traumático.

Palavras-chave: adolescência, narcisismo, psicanálise.

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Publicado

2016-02-02

Edição

Seção

Artigos