Práticas clínicas e o cuidado possível no CAPSi: perspectivas de uma equipe interdisciplinar
DOI:
https://doi.org/10.4013/ctc.2015.81.10Resumo
Os Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi) são as principais instituições públicas de saúde a oferecer atenção diária a crianças e adolescentes que demandam cuidados em saúde mental. Ainda são incipientes os estudos que discutem seu modo de funcionamento e eficácia clínica. Este artigo se constitui como um estudo descritivo e exploratório, cujo objetivo é apresentar os aspectos centrais do funcionamento de um CAPSi situado numa cidade de pequeno porte do estado do Rio de Janeiro. Através do método qualitativo, foram realizadas, ao longo de três meses, pesquisa documental, entrevistas com os profissionais do referido serviço e observação participante das reuniões de equipe e de atividades terapêuticas. A interpretação do material empírico foi feita através de análise temática. Observou-se que as propostas clínicas se pautam na preocupação em dirigir o cuidado a partir das demandas dos pacientes, através de projetos terapêuticos que devem ser viabilizados coletivamente pela equipe. A supervisão clínico-institucional se mostra como importante sustentação da prática cotidiana e mediação para as relações interprofissionais. Um dos principais desafios do serviço é lidar com a sensação de que precisa responder, sozinho, a todas as demandas que envolvem sofrimento psíquico de seu público. A escassez de serviços na rede e as pressões políticas são problemas que convivem com a dificuldade cotidiana de lidar com o sofrimento psíquico das crianças e seus familiares. A despeito disso, os profissionais e o supervisor apostam na construção constante de um trabalho criativo e sensível às questões psicossociais dos pacientes.
Palavras-chave: CAPSi, saúde mental, infância, equipe interdisciplinar, cuidado em saúde.
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