Indicação e concordância em iniciar tratamento durante avaliação inicial para psicoterapia psicodinâmica
DOI:
https://doi.org/10.4013/ctc.2015.81.01Resumo
Este estudo naturalístico e longitudinal, seguindo 557 pacientes ambulatoriais que buscaram psicoterapia psicodinâmica, teve por objetivo verificar fatores associados com não indicação para psicoterapia psicodinâmica, bem como estabelecer preditores de não concordância em iniciar tratamento entre pacientes que receberam indicação para esta modalidade terapêutica. A investigação encontrou que pacientes com queixas de problemas somáticos ou problemas de atenção e/ou com baixa escolaridade tiveram menor probabilidade de receberem indicação para psicoterapia psicodinâmica; pacientes que percebiam seus sintomas como intensos tiveram maior probabilidade de receberem indicação para este tratamento. Foram preditores de não concordância em iniciar psicoterapia psicodinâmica: baixa escolaridade, baixa renda familiar, diagnóstico de esquizofrenia, transtorno esquizotípico ou delirante, problemas depressivos e/ou estar buscando psicoterapia pela primeira vez. A psicoterapia psicodinâmica, como todas as formas de tratamento, parece ser adequada para um grupo específico de pacientes. A menos que as técnicas utilizadas pelos terapeutas durante as fases iniciais da psicoterapia psicodinâmica sejam aperfeiçoadas, a relevância de indicar o perfil de pacientes não concordantes para esta modalidade terapêutica é aqui discutida.
Palavras-chave: indicação para tratamento, aderência ao tratamento, contraindicação, abandono precoce, psicoterapia psicodinâmica.
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