Entre bruxas e lobos: o uso dos contos de fadas na psicoterapia de grupo com crianças

Autores

  • Flavia Cambruzzi Sbardelotto Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Tagma Marina Schneider Donelli Universidade do Vale do Rio dos Sinos

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2014.71.04

Resumo

O presente estudo objetivou investigar a utilização dos Contos de Fadas como intervenção em um grupo de crianças, pacientes de um ambulatório de Saúde Mental, encaminhadas por dificuldades na aprendizagem ou relacionamento social. Partiu-se da ideia de que os Contos de Fadas contêm material simbólico para ajudar a criança a elaborar seus conflitos, interagindo na capacidade de fantasiar, e com isso contribuindo no desenvolvimento dos processos de simbolização e criatividade. Pretendeu-se, com esse estudo, responder se a utilização dos Contos de Fadas poderia ser uma ferramenta para ajudar nos processos de simbolização e criatividade, através da avaliação antes e após realização do grupo. Participaram do estudo quatro crianças, com idades entre seis e nove anos e seus pais. Para a coleta dos dados, foram utilizados os prontuários, uma entrevista inicial com os pais, uma entrevista com a criança, aplicação do Teste das Fábulas e do HTP (House, Tree and Person), e a realização de um grupo terapêutico com duração de 10 encontros. Observou-se que os contos de fadas foram importantes dentro do grupo para o acesso da problemática de cada um dos participantes, tornando-se possível a realização de intervenções, possibilitando a nomeação dos afetos. Observou-se, através dos testes, que, ao final dos encontros, as crianças obtiveram ganhos nos processos de simbolização, além de uma melhora das queixas iniciais.

Palavras-chave: contos de fadas, psicoterapia de grupo, crianças.

Biografia do Autor

Flavia Cambruzzi Sbardelotto, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Tagma Marina Schneider Donelli, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

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Publicado

2014-06-27

Edição

Seção

Artigos