Entre bruxas e lobos: o uso dos contos de fadas na psicoterapia de grupo com crianças
DOI:
https://doi.org/10.4013/ctc.2014.71.04Resumo
O presente estudo objetivou investigar a utilização dos Contos de Fadas como intervenção em um grupo de crianças, pacientes de um ambulatório de Saúde Mental, encaminhadas por dificuldades na aprendizagem ou relacionamento social. Partiu-se da ideia de que os Contos de Fadas contêm material simbólico para ajudar a criança a elaborar seus conflitos, interagindo na capacidade de fantasiar, e com isso contribuindo no desenvolvimento dos processos de simbolização e criatividade. Pretendeu-se, com esse estudo, responder se a utilização dos Contos de Fadas poderia ser uma ferramenta para ajudar nos processos de simbolização e criatividade, através da avaliação antes e após realização do grupo. Participaram do estudo quatro crianças, com idades entre seis e nove anos e seus pais. Para a coleta dos dados, foram utilizados os prontuários, uma entrevista inicial com os pais, uma entrevista com a criança, aplicação do Teste das Fábulas e do HTP (House, Tree and Person), e a realização de um grupo terapêutico com duração de 10 encontros. Observou-se que os contos de fadas foram importantes dentro do grupo para o acesso da problemática de cada um dos participantes, tornando-se possível a realização de intervenções, possibilitando a nomeação dos afetos. Observou-se, através dos testes, que, ao final dos encontros, as crianças obtiveram ganhos nos processos de simbolização, além de uma melhora das queixas iniciais.
Palavras-chave: contos de fadas, psicoterapia de grupo, crianças.
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