Repercussões emocionais em indivíduos que possuem irmãos com deficiência: uma revisão integrativa

Autores

  • Carolina Martins Pereira Alves Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Conceição Aparecida Serralha Universidade Federal do Triângulo Mineiro

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2019.122.05

Resumo

Relacionamentos fraternos permeados pela deficiência de um dos irmãos podem impor adaptações e exigências a indivíduos com desenvolvimento típico. A presente revisão integrativa objetivou compreender como as produções científicas dos últimos 10 anos têm retratado os sentimentos e necessidades no tocante à relação fraterna e à dinâmica familiar de indivíduos com desenvolvimento típico que possuem irmãos com deficiência. Foram analisados 21 artigos nacionais e internacionais. A despeito da multiplicidade cultural dos estudos, muitos resultados semelhantes foram observados. Dentre estes, destaca-se a ambivalência que repercute na subjetividade desses irmãos, na dinâmica familiar e nas preocupações relativas ao futuro. Os relacionamentos interpessoais e as possibilidades de lazer também são afetados a partir do diagnóstico da deficiência, sendo necessárias, nesse sentido, adaptações e novas configurações, provenientes das condições impostas pela deficiência do irmão. Os irmãos ainda relataram vivências relativas a preconceito e estigma. Todos os artigos analisados sugerem intervenções e propostas de cuidado a esses irmãos, com implicações para as práticas de profissionais da saúde, educação e assistência social que atuam na área. Constata-se a importância da composição de espaços de escuta para acolher o irmão do indivíduo com deficiência, com o aprimoramento de recursos de apoio social para assistência adequada às suas necessidades.

Palavras-chave: pessoas com deficiência; irmãos; inclusão.

Biografia do Autor

Carolina Martins Pereira Alves, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Psicóloga graduada pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), especialista em Saúde Mental pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) e em Saúde da Criança e do Adolescente pela UFTM. Mestrado em andamento pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFTM.

Conceição Aparecida Serralha, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Psicóloga, graduada pela Universidade Federal deUberlândia (UFU), mestre e doutora em Psicologia Clínica pela Pontifícia UniversidadeCatólica de São Paulo (PCU-SP). Professora Associada do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFTM. Membro do Instituto Brasileiro dePsicanálise Winnicottiana (IBPW).

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Publicado

2019-07-05

Edição

Seção

Artigos