Regimes de governamentalidade do sujeito com deficiência: norma, normalização e identidade em tela

Autores

  • Ismara Tasso UEM
  • Érica Danielle Silva UEM

Resumo

Sob o extrato da ordem da lei e da ordem da historicidade dos sujeitos anormais, a constituição da identidade do sujeito com deficiência tem gradativa e progressivamente conquistado espaço de visibilidade na mídia televisiva. Condição de possibilidade para a circulação e consolidação de práticas que instituem e promovem políticas de inclusão, cuja emergência tem, fundamentalmente, seus princípios relacionados com o progresso da ciência e sua aplicação em diversos campos, bem como com o engajamento de vários setores da sociedade em prol do bem-estar comum. Considerados tais aspectos, o objetivo deste ensaio é demonstrar o modo como se dá a constituição da identidade do sujeito com deficiência, no Brasil, regida pelo princípio da governamentalidade, a partir de complexas relações de poder estabelecidas no âmbito do corpo social. O movimento descritivo-interpretativo arqueogenealógico empreendido, a partir de uma propaganda veiculada na mídia televisiva durante a Semana Nacional do Excepcional, em 2009, revelou o exercício de uma linguagem, seja ela
verbal ou imagética, vinculado a uma organização simbólica que representa a forma de governar a si mesmo, ao Estado e ao Outro. Trata-se, assim, da representação dos regimes de governamentalidade sustentados pela lei e colocados em funcionamento por dispositivos sociais.

Palavras-chave: governamentalidade, sujeito com deficiência, identidade.

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Publicado

2012-03-22

Como Citar

Tasso, I., & Silva, Érica D. (2012). Regimes de governamentalidade do sujeito com deficiência: norma, normalização e identidade em tela. Calidoscópio, 10(1), 3–11. Recuperado de https://www.revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/cld.2012.101.01

Edição

Seção

Artigos