Contributo para a história do ensino da oralidade do ponto de vista dos documentos programáticos: de 1921 a 2018

Autores

  • Carla Marques CELGA-ILTEC, Univ Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.4013/cld.2024.214.13

Palavras-chave:

Oralidade, didática da oralidade; história do ensino da oralidade

Resumo

O artigo procede a um análise dos documentos programáticos para o ensino do português, em vigor entre 1921 e 2018, com o objetivo de descrever o percurso evolutivo do ensino da oralidade em Portugal, com enfoque na conceção da função social atribuída à modalidade oral e nos conteúdos associados ao seu ensino. O estudo é realizado tendo como quadro contributos do Interacionismo Sociodiscursivo para a definição de género (Bronckart, 1996) e o conceito de ensino da oralidade em contexto escolar (Marcuschi, 2020, 2010, 1997a, 1997b; Dolz, 2009) e será dividido em dois momentos: o primeiro corresponde ao período entre 1921 e 1968 e o segundo ao período a partir de 1974 até 2018. Conclui-se, por meio da análise documental, que a oralidade foi secundarizada ao longo de um extenso período, situação que só se alterou a partir dos finais do século XX, o que se terá devido às orientações políticas vigentes e também à falta de investigação nesta área. Constata-se ainda que só a partir do século XXI, os programas começam gradualmente sofrer alterações passando a explicitar conteúdos ensináveis do campo da oralidade.

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Publicado

2024-12-16

Como Citar

Marques, C. (2024). Contributo para a história do ensino da oralidade do ponto de vista dos documentos programáticos: de 1921 a 2018. Calidoscópio, 22(1), 248–266. https://doi.org/10.4013/cld.2024.214.13