Monolinguismos civilizatórios: três efeitos da colonialidade linguística no Brasil do século XXI
DOI:
https://doi.org/10.4013/cld.2022.202.01Resumo
Retomando no título o termo proposto por Queixalós & Renault-Lescure (2000, pp. 9-11), este artigo tem como objetivo estabelecer relações entre a história colonial do Brasil e as políticas para o ensino de línguas em nosso país desde o início da colonização, a fim de analisar vestígios da colonialidade linguística presentes ainda hoje. Por meio de uma análise da história do ensino de línguas no Brasil (BESSA FREIRE, 2018; GRILLI, 2018; LUCCHESI, 2017; SAVIANI, 2007; SILVA & FAVORITO, 2018), com embasamento teórico no pensamento decolonial (FANON, 2008; SOUSA SANTOS, 2019; VERONELLI, 2015), são delimitados três efeitos da colonialidade linguística. Argumenta-se que esses três efeitos tiveram início com a exclusão abissal dos povos não-brancos durante o período colonial, mas perduram firmemente no Brasil atual. Por fim, defende-se a educação linguística como alternativa emancipadora ao monolinguismo civilizatório, acolhendo a multiplicidade de saberes e falares do povo brasileiro.
Palavras-chave: colonialidade linguística; monolinguismo; educação linguística.
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