#VidasQuilombolasImportam: discurso de resistência à necropolítica na gestão da crise do Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.4013/cld.2021.193.06Resumo
Este estudo analisa como atores sociais em rede resistiram e reagiram discursivamente ao abandono das comunidades quilombolas pela União na gestão da pandemia do novo coronavírus. Tendo como base os pressupostos da abordagem sociocoginitva dos Estudos Críticos do Discurso (Tomazi e Cabral, 2017; van Dijk, 1980, 2016, 2017a, 2017b), em diálogo com as ciências sociais (Santos, 2020; Mbembe; 2018; Oliveira, 2016) e com propostas teórico-metodológicas que se ocupam de fenômenos inatos ao ambiente digital (Santaella, 2016; Malini e Antoun, 2013; Malini 2020a, 2020b e 2020c; Mintz, 2019; Paveau, 2017), examinamos de que forma as estruturas discursivas como macroproposições, léxico, tópicos discursivos, transitividade verbal, multimodalidade, argumentação e quantificação (jogo dos números), impactadas por estruturas tecnológicas, foram mobilizadas pelo (e no) discurso para a resistência à necropolítica praticada pelo Estado brasileiro. A partir dos exames de postagens realizadas na plataforma Facebook foi possível identificar, por exemplo, que as estruturas discursivas supracitadas atuaram na estratégia de denúncia dos males causados pela necropolítica ao tempo que reforçaram os argumentos em favor da proteção especial aos quilombolas. Ademais, identificamos nas interações estudadas a performatividade como elemento característico desses contradiscursos.
Palavras-chave: quilombolas; necropolítica; Estudos Críticos do Discurso.
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