Arranjos cooperativos sob a ótica da imersão social e da economia dos custos de transação: um estudo de caso
Resumo
A formação de arranjos cooperativos é uma estratégia cada vez mais utilizada por organizações em todo o mundo como forma de obter ganhos de competitividade em mercados altamente dinâmicos. Assim, torna-se cada vez mais importante a compreensão sobre esses novos tipos de arranjos organizacionais. Este artigo analisa a formação e o desenvolvimento de duas parcerias, formadas através de cooperativas de produtores de camarão no estado do Rio Grande do Norte: a Coopercam e a Unipesca. Ambas foram analisadas sob a ótica da Economia dos Custos de Transação (ECT) e da Imersão Social (embeddedness). Utilizou-se o trabalho de Gulati (1998) com o objetivo de identificar as fases para a compreensão da formação e do desenvolvimento de arranjos cooperativos: a decisão de entrar e a escolha dos parceiros, a decisão sobre a estrutura do arranjo, a evolução da aliança e a influência no desempenho daqueles que ingressaram nessa parceria. O método empregado na pesquisa foi o estudo de caso (Yin, 2005). A coleta de dados se caracterizou por ser de natureza exploratório-qualitativa. Já no que se refere à análise de dados, utilizou-se da técnica de análise de conteúdo e análise documental proposta por Bardin (1977). Os resultados da pesquisa mostraram que a formação das parcerias trouxe, em ambos os casos, ganhos de competitividade. Contudo, esses ganhos foram mais relevantes no caso da Unipesca em função do menor número de parceiros, o que possibilitou um incremento dos laços sociais e da confiança existentes entre os parceiros. No caso da Coopercam, isso foi limitado pelo grande número de cooperados.
Palavras-chave: parcerias, economia dos custos de transação, imersão social.
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