CIAM, Team X e espaço urbano nos conjuntos habitacionais brasileiros: o Conjunto Terras Altas em Pelotas

Autores

  • Celia Gonsales Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.4013/arq.2011.72.02

Resumo

O CIAM se estabelece a partir do final da década de vinte do século passado como palco de discussão e difusão das novas ideias de urbanismo. Os modernistas acreditavam que o desenho da cidade seria propiciador de um mundo mais igualitário e que a estrutura urbana poderia ser conformada racional e funcionalmente de forma a se atingir o bem-estar social. Porém, o esquematismo e o excesso de racionalização que concebia a habitação padronizada sem qualquer relação com a identidade do morador provocaram fortes críticas por parte das gerações mais novas no próprio seio do CIAM. O Team 10 foi buscar no resgate das categorias da cidade tradicional um maior sentido de comunidade e identidade, uma construção de relações mais imediatas entre o núcleo familiar e o grupo social, entre a residência e os espaços coletivos. Este trabalho se constitui como uma reflexão sobre a circulação dessas ideias “universais” e suas aplicações ou traduções locais tomando um conjunto habitacional da cidade de Pelotas como objeto de estudo. Esta urbanização conformada nos anos oitenta se configura como rico exemplo de estudo porque nela é possível verificar a presença das diferentes visões sobre a cidade ocorridas no século XX. No momento da concepção estão presentes os princípios do CIAM, mas já “contaminados” pela crítica à cidade funcionalista do segundo pós-guerra. Esse legado, o legado do Team 10, tem possibilitado, e isso se nota na “cidade espontânea” que começa a ser construída logo após a ocupação da urbanização, a transformação do conjunto em um “bairro” dotado de intensa animação urbana.

Palavras-chave: CIAM, Team 10, conjunto habitacional em Pelotas, Conjunto Terras Altas.

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Publicado

2011-12-23

Como Citar

Gonsales, C. (2011). CIAM, Team X e espaço urbano nos conjuntos habitacionais brasileiros: o Conjunto Terras Altas em Pelotas. Arquitetura Revista, 7(2), 101–111. https://doi.org/10.4013/arq.2011.72.02

Edição

Seção

Artigos