Habitação progressiva autoconstruída: caracterização morfológica com uso da gramática da forma
DOI:
https://doi.org/10.4013/arq.2015.112.03Resumen
O trabalho se insere no campo de pesquisas sobre a habitação espontânea, com foco nos processos progressivos de produção das moradias. Considera como problemática a escassez de estudos a respeito das tipologias emergentes dos processos de autoconstrução. Para seu alcance foi desenvolvido um estudo de caso na ZEIS do Planalto Pici em Fortaleza, capital do Estado do Ceará, aplicado a partir de um arranjo metodológico que envolveu o levantamento físico e o registro da progressividade na construção de 94 casas. Estas informações foram examinadas e descritas adotando-se a Gramática da Forma, instrumento de representação da lógica que envolve a formação das unidades. A partir dos dados coletados, buscou-se por recorrências de formas, com a finalidade de compreender as características morfológicas das habitações em consonância com as pesquisas sobre tipo. Após a análise dos dados, propôs-se o registro da morfologia resultante da progressividade na construção a partir do sistema gerador de formas supracitado. Os resultados encontrados indicam uma multiplicidade de fatores envolvidos na produção autônoma da moradia, os quais se vinculam diretamente às formas emergentes e apontam para a necessidade de estudos direcionados a estes fragmentos específicos da cidade, visto que a compreensão da morfologia passa, antes de tudo, pelo entendimento do contexto urbano no qual a habitação está inserida. A pesquisa se constitui de um apanhado de conhecimento sobre o usuário, que pode indicar um caminho para o desenvolvimento de projetos habitacionais mais adequados às necessidades deste público, assim como para o subsídio em programas de assistência técnica aplicados ao cenário estudado.
Palavras-chave: habitação progressiva, autoconstrução, gramática da forma, tipologias.
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