O Palácio de Fernando Corona em Pelotas: inovador, renovador, conservador

Autores/as

  • Célia Gonsales Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.4013/arq.2015.112.02

Resumen

Em 1938, Fernando Corona, trabalhando para a construtora Azevedo Moura & Gertum, projeta o Palácio do Comércio em Pelotas, Rio Grande do Sul, a nova sede da Associação Comercial. O edifício, o mais alto da cidade, é sem dúvida um edifício moderno, inovador, e como tal é aclamado. Nesse projeto, Corona consolida os princípios arquitetônicos que lhe eram mais caros. Arquiteto renovador, utiliza uma linguagem de formas puras e superfícies despidas de ornamento. Arquiteto conservador, não abre mão dos princípios atemporais, do equilíbrio perfeito da simetria, da propriedade do decoro urbano. A ideia de racionalismo, base comum de toda a arquitetura moderna, é utilizada neste estudo como balizador de uma compreensão da obra do arquiteto e da arquitetura da “modernidade pragmática” em geral, indicada na historiografia como uma manifestação de renovação não radical, diferente daquela modernidade de vanguarda. Pragmática, sem necessidade de discurso, essa arquitetura renova conservando sempre algo familiar, algo que não precisava ser explicado, que já fazia parte de um entendimento compartido por uma cultura.

Palavras-chave: arquiteto Fernando Corona, arquitetura moderna, Palácio do Comércio de Pelotas.

Publicado

2016-02-02

Cómo citar

Gonsales, C. (2016). O Palácio de Fernando Corona em Pelotas: inovador, renovador, conservador. Arquitetura Revista, 11(2), 64–75. https://doi.org/10.4013/arq.2015.112.02

Número

Sección

Artigos