Uma abordagem para testar a exogeneidade da oferta monetária no Brasil empregando o filtro de Kalman e a cointegração: 1964.02 a 1986.02
DOI:
https://doi.org/10.4013/4299Resumo
Usando dados mensais de 1964.4 a 1986.2, examinamos o grau da exogeneidade da oferta de moeda. Os testes implementados investigaram a plausibilidade das hipóteses clássicas. Empregamos filtros de Kalman, o procedimento de cointegração de Johansen e a abordagem de bootstrap. Argumentamos que a taxa real de juros causava a dívida pública no sentido de Granger, o que suporta a tese de que a autoridade monetária era capaz de realizar indiretamente o controle monetário através das operações de mercado aberto. Os resultados mostraram que a coleta de senhoriagem se comportava como um ruído branco e era econometricamente independente da taxa de inflação. A expansão monetária e a taxa de inflação eram cointegradas. Os testes indicaram que a expansão monetária era fracamente exógena para os parâmetros de interesse no modelo condicional da inflação, mas o inverso não é válido para a taxa de inflação. Ademais, a relação de causalidade de Granger entre essas variáveis era unidirecional, da expansão monetária para a inflação. Portanto, o crescimento monetário era fortemente exógenono que concerne à taxa de inflação. Esses resultados são inteiramente divergentes de estudos anteriores. Nossa principal contribuição é ter demonstrado que a oferta monetária era exógena com respeito à taxa de inflação e que a autoridade monetária tinha independência suficiente para executar uma política monetária ativa.
Palavras-chave: filtros de Kalman, cointegração, bootstrap, modelagem econométrica, inflação, oferta de moeda, política monetária.
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