As fintechs e a concorrência bancária no Brasil: uma análise dos bancos digitais

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DOI:

https://doi.org/10.4013/pe.2021.172.03

Resumo

A emergência de organizações exponenciais tem o potencial de modificar a estrutura e a competitividade no setor em que atuam. Essas organizações são construídas com base nas tecnologias de informação, e no mercado bancário são conhecidas como fintechs. O objetivo central deste estudo é analisar a atuação das fintechs no setor bancário brasileiro, entre os anos de 2004 e 2018, relacionando suas operações com a estrutura concorrencial do setor. Em termos metodológicos, utilizou-se quatro indicadores para verificação da concentração de mercado: a Razão de Concentração (CR), o índice Hirschman-Herfindahl (IHH), o índice de Hause (Hm) e o índice de Hannah e Kay (HKI). Em síntese, a concentração do setor bancário tradicional foi maior do que o segmento de instituições não bancárias (bancos digitais). Para o setor bancário tradicional, verificou-se uma importante concentração de mercado entre os anos de 2007 e 2008. Porém, no segmento de bancos digitais, houve um aumento da concorrência entre os anos de 2007 e 2016, apresentando níveis de concentração similares aos níveis de concentração dos bancos tradicionais, antes da crise financeira. Enfim, conclui-se que o ingresso das fintechs no mercado bancário, apesar de ser um evento recente, contribuiu para promover a competitividade e otimizar a oferta de serviços no setor bancário.

Biografia do Autor

Julyerme Matheus Tonin, Programa de Pós-graduação em Ciências Econômicas (PCE), Universidade Estadual de Maringá

Bacharel em Ciências Econômicas pela UEM (2004), mestre em Economia Aplicada pela UFV (2009) e doutor em Economia Aplicada pela ESALQ (2019). Participou do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior na Universidade de Évora (2018) com apoio financeiro da CAPES. Participou de projetos de extensão financiados pelo Tribunal de Contas (TCE-PR), Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). Atualmente é professor Adjunto na Universidade Estadual de Maringá, ministrando a disciplina de: microeconomia, finanças públicas, comercialização agrícola e análise de projetos agropecuários. Trabalha como pesquisador e professor, com experiência na área de economia agrária, atuando principalmente nos seguintes temas: comercialização agrícola e mercado de derivativos.

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Publicado

2023-05-29

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Artigos