Economia Solidária: economia de fronteira?
DOI:
https://doi.org/10.4013/otra.2014.814.02Resumo
Nas últimas décadas, assiste-se à emergência de movimentos sociais de naturezas múltiplas, entre eles os grupos ligados à Economia Solidária. Originados, em geral, como resposta imediata a crises econômicas, esses grupos têm pautado relações econômicas diversas em relação à lógica mercantil hegemônica, além de estabelecer padrões de sociabilidade que pretendem ultrapassar o individualismo negativo e ostracismo. Contudo, além dos desafios impostos cotidianamente aos grupos, relativos à autogestão, sustentabilidade e permanência, impõem-se também desafios analíticos. O paradigma teórico-epistemológico moderno centrado em critérios clássicos de cientificidade tem se mostrado limitado em relação às interseccionalidades da desigualdade, por exemplo, mostrando-se insuficiente para abarcar a complexidade das experiências. O que propomos, portanto, são apontamentos no sentido de buscar caminhos analíticos capazes de superar binarismos excludentes. As reflexões propostas partem de dados empíricos coletados a partir de entrevistas e observação participante junto a um Clube de Trocas na região metropolitana de Curitiba, experiência que colocou em evidência a imbricação e sobreposição de fatores como classe, etnicidade e gênero como operadores múltiplos da desigualdade.
Palavras-chave: Economia Solidária, epistemologia, gênero, mulheres.
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