Ictiofauna do maior fragmento florestal urbano da Amazônia: sobrevivendo ao concreto e à poluição
DOI:
https://doi.org/10.4013/nbc.2018.132.04Resumo
A área urbana da cidade de Manaus, Amazonas, a maior metrópole da Amazônia Brasileira, possui poucos fragmentos florestais com igarapés íntegros, e grande parte deles é seriamente ameaçada pelas atividades antrópicas. O checklist da fauna aquática desses igarapés é uma importante ferramenta para se conhecer a biodiversidade desses ambientes. Amostragens de peixes foram realizadas entre 2007 e 2017 em 10 igarapés do fragmento florestal da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), cuja área possui aproximadamente 700ha. Um total de 23 espécies de peixes de 6 ordens, 10 famílias e 19 gêneros foram coletados, incluindo uma espécie exótica e uma alóctone. Igarapés íntegros apresentaram a ocorrência de 4 a 10 espécies, com abundância média de 54,8 indivíduos (±25,1), densidade de 2,87 indivíduos/m3 (±1,85), alta diversidade (H’= 1,41±0,35) e baixa dominância (d=0,47±0,14). Já nos igarapés poluídos, foram encontradas no máximo 2 espécies, com abundância média de 176 espécimes (± 216,1), densidade de 7,43 indivíduos/ m3 (±9,14), baixa diversidade (H’=0,02±0,03) e alta dominância (d=1,00±0,005). Este estudo mostrou que, apesar dos distúrbios antropogênicos detectados nas bordas do fragmento, a área estudada desempenha um papel fundamental na conservação das espécies nativas de peixes de igarapés da área urbana da cidade.
Palavras-chave: diversidade, peixes, desmatamento, monitoramento, conservação.
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