Rebrotamento pós-fogo em arbusto ameaçado e microendêmico dos campos rupestres da Serra do Cipó, sudeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.4013/nbc.2017.122.07Resumo
Embora existam evidências de que a vegetação dos campos rupestres seja resiliente à passagem do fogo, são incipientes as investigações sobre os efeitos da crescente frequência de incêndios de origem antrópica em plantas raras e endêmicas desse ecossistema. Neste estudo, monitoramos o rebrotamento pós-fogo da espécie Coccoloba cereifera Schwacke (Polygonaceae), um arbusto ameaçado e endêmico dos campos rupestres do sudeste do Brasil. Cinco meses após o incêndio, rebrotaram 100% dos indivíduos monitorados. Entretanto, um ano após o incêndio, as plantas queimadas ainda apresentaram comprimento da rameta 24% inferior e número de folhas 53,5% inferior em relação ao porte das plantas não queimadas. As plantas queimadas apresentaram taxa de crescimento relativo em número de folhas muito superior e investimento reprodutivo muito inferior em comparação com as plantas não queimadas. Embora a espécie estudada demonstre alta capacidade de rebrotamento pós-fogo, o padrão de crescimento vegetativo e investimento reprodutivo apresentado pelas plantas rebrotadas indica que a crescente frequência de incêndios antrópicos represente uma séria ameaça para C. cereifera.
Palavras-chave: Cadeia do Espinhaço, conservação, Coccoloba cereifera, crescimento de plantas, fenologia reprodutiva.
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