Rebrotamento pós-fogo em arbusto ameaçado e microendêmico dos campos rupestres da Serra do Cipó, sudeste do Brasil

Autores

  • Henrique Furst Instituto de Ciências Biológicas e Saúde. Centro Universitário UNA. Rua Guajajaras, 175, 30180-100, Belo Horizonte, MG, Brasil.
  • Ronnie P. da Silva Instituto de Ciências Biológicas e Saúde. Centro Universitário UNA. Rua Guajajaras, 175, 30180-100, Belo Horizonte, MG, Brasil.
  • G. Wilson Fernandes Universidade Federal de Minas Gerais, Ecologia Evolutiva e Biodiversidade/DBG, ICB. CP 486, 30161-901, Belo Horizonte, MG, Brasil.
  • Laura Z. Gallupo Instituto de Ciências Biológicas e Saúde. Centro Universitário UNA. Rua Guajajaras, 175, 30180-100, Belo Horizonte, MG, Brasil.
  • Isabel C.A. Machado Instituto de Ciências Biológicas e Saúde. Centro Universitário UNA. Rua Guajajaras, 175, 30180-100, Belo Horizonte, MG, Brasil.
  • Pedro Villar Instituto de Ciências Biológicas e Saúde. Centro Universitário UNA. Rua Guajajaras, 175, 30180-100, Belo Horizonte, MG, Brasil.
  • Daniel Negreiros Instituto de Ciências Biológicas e Saúde. Centro Universitário UNA. Rua Guajajaras, 175, 30180-100, Belo Horizonte, MG, Brasil. Universidade Federal de Minas Gerais, Ecologia Evolutiva e Biodiversidade/DBG, ICB. CP 486, 30161-901, Belo Horizonte, MG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2017.122.07

Resumo

Embora existam evidências de que a vegetação dos campos rupestres seja resiliente à passagem do fogo, são incipientes as investigações sobre os efeitos da crescente frequência de incêndios de origem antrópica em plantas raras e endêmicas desse ecossistema. Neste estudo, monitoramos o rebrotamento pós-fogo da espécie Coccoloba cereifera Schwacke (Polygonaceae), um arbusto ameaçado e endêmico dos campos rupestres do sudeste do Brasil. Cinco meses após o incêndio, rebrotaram 100% dos indivíduos monitorados. Entretanto, um ano após o incêndio, as plantas queimadas ainda apresentaram comprimento da rameta 24% inferior e número de folhas 53,5% inferior em relação ao porte das plantas não queimadas. As plantas queimadas apresentaram taxa de crescimento relativo em número de folhas muito superior e investimento reprodutivo muito inferior em comparação com as plantas não queimadas. Embora a espécie estudada demonstre alta capacidade de rebrotamento pós-fogo, o padrão de crescimento vegetativo e investimento reprodutivo apresentado pelas plantas rebrotadas indica que a crescente frequência de incêndios antrópicos represente uma séria ameaça para C. cereifera.

Palavras-chave: Cadeia do Espinhaço, conservação, Coccoloba cereifera, crescimento de plantas, fenologia reprodutiva.

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Publicado

2017-04-25

Edição

Seção

Artigos