Comércio de aquarismo como potencial dispersor de invertebrados não-nativos no Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.4013/nbc.2014.92.06Resumo
O comércio de peixes ornamentais figura entre os principais mecanismos de invasões biológicas. Muita atenção é dada às espécies-alvo introduzidas, porém, pouco se discute sobre a fauna acompanhante das introduções. O objetivo do presente estudo foi analisar o risco de invasão de invertebrados não-comerciais utilizando lojas de aquário como modelo. Visitas mensais a oito lojas na cidade de Aracaju ocorreram de abril a setembro de 2011. Nos estabelecimentos, foram realizadas inspeções e aplicações de questionários aos lojistas. Foram detectadas duas espécies não-nativas, Melanoides tuberculatus (Gastropoda: Thiaridae) e Lernaea cyprinacea (Crustacea, Copepoda). Sessenta e dois espécimes de M. tuberculatus foram coletados em meio às plantas em uma das lojas, enquanto L. cyprinacea foi registrada em quatro estabelecimentos parasitando Carassius auratus, Hypostomus sp., Poecilia latipinna, Poecilia sphenops, Poecilia reticulata e Xiphophorus hellerii. As entrevistas revelaram que nenhuma das lojas submete peixes e plantas adquiridos à quarentena, sendo o descarte da água dos aquários feito diretamente na rede de esgoto. São sugeridas medidas preventivas, tais como período de quarentena para peixes e orientação sobre os perigos das invasões biológicas ou soltura de espécimes no ambiente natural, visando à mitigação dos riscos de invasão.
Palavras-chave: bioinvasão, Lernaea cyprinacea, Melanoides tuberculatus.
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