Manipulação de frutos da palmeira Syagrus romanzoffiana por vertebrados no sul do Brasil

Autores

  • Cassiano Roman
  • Leopoldo Telles Neto
  • Nilton Carlos Cáceres

DOI:

https://doi.org/10.4013/4753

Resumo

Este estudo teve a duração de um ano e avaliou a manipulação por vertebrados (três espécies de mamíferos e uma de ave) nos frutos da palmeira Syagrus romanzoffiana no sul do Brasil. Onze armadilhas de pegada de 50x50 cm (cada uma iscada com 10 frutos maduros) foram colocadas próximas a onze palmeiras adultas, totalizando um esforço amostral de 935 armadilhas. Os frutos removidos (ausentes) ou mastigados (deixados in situ) pelas espécies de vertebrados foram contabilizadas para cada armadilha. Três espécies de mamíferos e uma de ave foram monitoradas. O coati (Nasua nasua) removeu 250 frutos (50%), mastigou 130 (26%) e deixou intactos 120 frutos (24%). O jacu (Penelope obscura) também removeu mais frutos (N = 107; 43%) do que mastigou (N = 44; 18%), deixando intactos 96 frutos (39%). O gambá (Didelphis albiventris) removeu 127 (13%), e mastigou 622 (63%), deixando intactos 236 (24%). Similarmente, a cutia (Dasyprota azarae) removeu 16 (12%), mastigou 64 (49%), deixando intactos 51 frutos (39%). Os resultados são discutidos relacionando o papel das espécies de vertebrados na dispersão de sementes de S. romanzoffiana.

Palavras-chave: Floresta Atlântica, Dasyprocta azarae, Didelphis albiventris, Nasua nasua, palmeira, Penelope obscura, dispersão de sementes, remoção de frutos.

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Publicado

2021-06-15

Edição

Seção

Artigos