Profissionais das finanças na Antiguidade romana: os faeneratores no final da República e no início do Império
Resumo
Os estudos sobre os profissionais do mundo das finanças e da economia romana ainda são muito elementares devido à falta de documentação sobre o tema, e devido também à diminuição de estudos sobre história econômica e social do trabalho. A elite romana, grande produtora das fontes que chegaram até nós, tinha grande menosprezo pelas atividades técnicas, sejam elas quais fossem; as atividades ligadas às finanças, como a dos emprestadores profissionais de dinheiro, os chamados faeneratores, eram tidas como as mais desprezíveis. Os historiadores contemporâneos se debruçaram largamente sobre o tema dos bancos e banqueiros, mas um profissional do mundo das finanças, conhecido como faenerator, ainda não recebeu a atenção merecida por parte deles, porque durante muito tempo não era visto como um profissional, e sim como executor de uma atividade financeira esporádica que poderia ser desenvolvida por qualquer pessoa. O objetivo deste artigo é apresentar algumas considerações a partir da perspectiva da história econômica e social sobre a profissão de emprestadores de dinheiro a juros, os faeneratores; sobre a forma como eram socialmente vistos pela elite romana; sobre o nível de especialização e, enfim, sobre o impacto econômico e social desta atividade dentro da urbs. Tal estudo parte da análise da documentação escrita de finais da República (século I a.C.) e do início do Império Romano (século I d.C.), e da análise da historiografia contemporânea sobre os profissionais técnicos das finanças na Antiguidade.
Palavras-chave: banqueiros, agiotas, faenerator, empréstimo a juros, economia antiga.
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