Estado, capitalismo e profissão: metamorfoses da advocacia nas décadas de 1940 a 1960
Resumo
A modernização da economia e do Estado brasileiro tem sido examinada pela historiografia e pelas ciências sociais em vários de seus aspectos: urbanização, relações de trabalho no campo, incorporação dos trabalhadores à política, industrialização. O presente artigo propõe-se a analisar uma dimensão menos explorada: a do impacto desses processos sobre as profissões, especialmente a advocacia. As metamorfoses pelas quais passaram os advogados giraram em torno de três eixos: a diversificação das condições de trabalho e de posicionamento político-ideológico da categoria profissional; a inflação de advogados no mercado de trabalho e a demanda de um novo perfil profissional. A elite dos advogados, por meio de suas entidades, respondeu à nova situação, com resultados distintos. Logrou garantir seguridade social aos advogados, porém não foi capaz de impedir a ampliação do ensino jurídico. Ademais, foi obrigada a assumir a pauta sindical, sob risco de perder legitimidade no interior da categoria profissional. Além de dados estatísticos oficiais sobre ensino e mercado de trabalho, a pesquisa recorreu a documentos produzidos pela OAB, legislação, jornais e um livro de memórias.
Palavras-chave: advocacia, profissões liberais, OAB.
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