Nos trilhos do capital: “engenheiros industriais” e ferrovias em São Paulo no início do século XX
Resumo
Esta pesquisa busca compreender a ação de um grupo de “engenheiros industriais” de São Paulo no início do século XX, num contexto de intensas transformações promovidas pela inserção do Estado no complexo cafeeiro. Aproveitando o momento de expansão da economia, de urbanização e desenvolvimento dos serviços públicos bem como do crescimento do mercado de capitais, um grupo de “industriais”, capitaneados pelo engenheiro Álvaro de Menezes, empreende coletivamente uma série de investimentos e negócios que culminam, em fins da primeira década do século passado, com o controle de quatro companhias ferroviárias paulistas: a E.F. Araraquara, a E.F. Dourado, a E.F. São Paulo-Goyaz e a E.F. Pitangueiras. De posse da maioria das ações e senhores dos destinos das empresas, articulam empréstimos de grande monta no país e no exterior, gerando um déficit deixado para os acionistas e fornecedores que culminou na falência das quatro companhias em 1914. A partir de fontes tais como os Relatórios de Exercícios das ferrovias e diversos jornais do período, a pesquisa pretende compreender as condições que permitiram a ação daquele grupo no controle das ferrovias, além de identificar as estratégias do grupo dos engenheiros industriais, que, especialistas nas obras da grande empresa de serviços públicos, atuavam de maneira agressiva para garantir benefícios privados.
Palavras-chave: engenheiros, urbanização, ferrovias, mercado de capitais.
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