Pureza e desinteresse como distinção: as matemáticas entre engenheiros politécnicos na virada do século XIX para o XX
Resumo
Cruzando uma série de regulamentos que organizaram as escolas de engenharia brasileiras, especialmente as do Rio de Janeiro e de São Paulo, desde o Império até o fim da Primeira República, com uma análise dos discursos e das fotografias de alguns engenheiros ligados a essas instituições, defendo neste artigo que, embora a matemática fosse elemento fundamental de distinção dos engenheiros em relação aos advogados e médicos no Segundo Império, ela entrou em um processo de desprestígio entre engenheiros ao longo da Primeira República. A defesa das ciências puras e desinteressadas nas matemáticas foi então, nesse contexto, uma maneira de parte dos professores das áreas básicas fazerem frente ao problema. Argumento também nesse trabalho que a criação dos cursos de matemática e física nas universidades dos anos 1930, ou seja, dessas ciências como profissão autônoma em relação aos engenheiros, deu-se também como reação a esse processo.
Palavras-chave: matemáticas, engenheiros, distinção profissional, ciências puras.
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