O sequestro da fragata da Companhia de Jesus, Rio de Janeiro, 1759

Autores

  • Marcia Amantino Universidade Salgado de Oliveira UNIVERSO

Resumo

O texto tem como objetivo demonstrar os mecanismos utilizados pelas autoridades coloniais do Rio de Janeiro para realizarem o sequestro dos bens pertencentes à fragata dos padres da Companhia de Jesus que ancorou no porto da cidade em dezembro de 1759 sem que sua tripulação soubesse que a ordem de expulsão desses religiosos, decretada pelo rei D. José I em setembro daquele ano, já estava sendo executada. Assim, tudo e todos que estavam na embarcação entraram no inventário realizado pelo desembargador Agostinho Felix dos Santos Capello. Por meio do auto de inventário da fragata é possível compreender um pouco acerca do comércio e da movimentação de mercadorias e de pessoas que ocorriam no litoral brasileiro em meados do século XVIII tendo o privilégio de não serem sujeitas as fiscalizações e aos pagamentos de taxas por se tratar de uma embarcação da Companhia de Jesus. É possível identificar também as remessas de produtos oriundos de diferentes partes do império luso, principalmente da Índia, e que circulavam entre os colégios jesuíticos na América Portuguesa.

Palavras-chave: fragata, circulação, Companhia de Jesus.

Biografia do Autor

Marcia Amantino, Universidade Salgado de Oliveira UNIVERSO

Possui graduação em História pela Universidade Federal Fluminense (1992), mestrado (1996) e doutorado (2001) em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-doutoramento pela Universidade Federal de Minas Gerais (2009-2010) e pela Universidade de Évora, Portugal (2012). É professora do Programa de Pós-Graduação da Universidade Salgado de Oliveira. Lidera o Grupo de Pesquisa do CNPq intitulado Sociedades escravistas nas Américas. É co-coordenadora da Rede de Grupos de Pesquisa Escravidão e mestiçagens" e do Centro de Estudos da presença africana no Mundo Moderno, ambos liderados pelo prof. Eduardo França Paiva (UFMG). É membro pesquisador também do Grupo de Pesquisa do CNPq "Jesuítas nas Américas", liderado pela prof. Maria Cristina Bohn Martins (UNISINOS) e do Grupo de Pesquisa Escravidão e mestiçagens: escravidão, comércio e trânsitos culturais nos sertões da Bahia e de Minas Gerais, século XVIII, liderado por Isnara Pereira Ivo (UNESB). Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Colônia. Atua principalmente nos seguintes temas: Companhia de Jesus, cultura, escravidão negra e indígena, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

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Publicado

2018-11-23

Edição

Seção

Artigos