A visualização da paisagem nacional: apreensões diversas da cor local em José de Alencar e Euclides da Cunha
Resumo
Conceito de largo emprego durante o século XIX, a cor local ainda carece de maior aprofundamento analítico. Referida frequentemente como um critério que legitima ou desautoriza obras literárias e historiográficas, a cor local, no entanto, não parece dispor de acepções mínimas ou teorizações abrangentes. O objetivo deste artigo é, pois, demonstrar a variabilidade semântica que compõe o conceito da cor local e, ao mesmo tempo, sugerir possibilidades para sua apreensão. Para isso, recorre-se a categorias como “retórica pictórica” e “conteúdo da forma” a fim de refletir sobre as implicações e efeitos do emprego da cor local a partir da segunda metade do século XIX. Estas noções permitem mapear e contrastar os empregos da cor local nas obras de dois autores importantes para a reflexão acerca da nacionalidade no período: Sonhos d’ouro (1872), de José de Alencar, e Os sertões (1902), de Euclides da Cunha. Como hipótese, sugere-se que, embora utilizando o mesmo conceito da cor local, Alencar e Euclides obtêm resultados diversos no projeto de delimitação e descrição da paisagem nacional.
Palavras-chave: cor local, José de Alencar, Euclides da Cunha, retórica pictórica, conteúdo da forma.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Concedo a Revista História Unisinos o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Revista História Unisinos acima explicitadas.