Invenções de nação e reinvenções de si: o Chile por Roberto Montandón (1942-1952)

Autores

  • Janice Gonçalves Departamento de História e Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Resumo

O artigo examina aspectos da vida e da obra de Roberto Arturo Montandon Paillard (1909-2003), em especial sua atuação no Chile, por meio da qual veio a se tornar “Don Roberto Montandón”, fotógrafo e estudioso do patrimônio cultural. Aborda-se como esse suíço de nascimento viu e apresentou o país que adotou como seu, no período em que passou de estrangeiro a cidadão chileno. São analisados textos e imagens por ele publicados na revista En Viaje, entre 1942 e 1951, e brevemente comentados três livros de sua autoria editados entre 1950 e 1952. Compreende-se que o período enfocado comporta três deslocamentos na vida de Montandón: um deslocamento identitário (no que tange à identidade de autor e à identidade civil); um deslocamento de perspectiva quanto à relação com o Chile e suas paisagens (da geografia para a história, do turismo para o patrimônio cultural); um deslocamento quanto às formas preferenciais adotadas por ele para se expressar (da produção textual para a produção fotográfica). Nesse período, inventa um Chile e reinventa a si próprio.

Palavras-chave: Chile, Roberto Montandón, revista En Viaje, patrimônio cultural, fotografia.

Biografia do Autor

Janice Gonçalves, Departamento de História e Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Doutora em História Social (USP); docente do Departamento de História e do PPGH da Universidade do Estado de Santa Catarina.

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Publicado

2017-12-30