A Grande Guerra do ítalo-gaúcho Olyntho Sanmartin
Resumo
Neste artigo, reflete-se sobre a questão dos repatriamentos de voluntários e reservistas ítalo-brasileiros que se alistaram no exército italiano durante a Primeira Guerra Mundial. Quando a Itália, em maio de 1915, entrou no conflito, cerca de 12 mil, entre italianos e descendentes residentes no Brasil, voltaram para lutar no front. Desde o início, um número significativo de jovens se apresentou voluntariamente nos consulados dos principais centros da imigração italiana, com a intenção de defender a pátria longínqua. Em particular, será analisado o conteúdo das memórias de guerra de Olyntho Sanmartin, um ítalo-gaúcho que falsificou a sua data de nascimento para poder se alistar, antes de se arrepender amargamente da sua escolha, quando já era tarde. Uma análise em escala reduzida desse tipo, entrelaçada com os dados gerais e de contexto, se revela de grande utilidade para chegar a conclusões e reflexões de mais amplo alcance sobre as dinâmicas que determinaram a escolha de repatriar e a questão da identidade de indivíduos que pertenciam a coletividades ainda não plenamente absorvidas nas sociedades de acolhimento.
Palavras-chave: imigração italiana, Primeira Guerra Mundial, voluntários ítalo-brasileiros.
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