Excepcionais normais? A(s) trajetória(s) de três pastores no Sul do Brasil (1824-1893)
Resumo
O presente texto tem como objetivo analisar a trajetória dos pastores João Jorge Ehlers, Carlos Leopoldo Voges e Frederico Cristiano Klingelhoeffer mediante a utilização do conceito de excepcional normal formulado por Edoardo Grendi. Os três religiosos chegaram à Colônia alemã de São Leopoldo entre 1824 e 1826, província do Rio Grande do Sul, Brasil, acompanhando imigrantes alemães que ali se instalaram. Os conflitos estabelecidos entre eles estão relacionados à tentativa de se fixar na sede da Colônia, ocupando o cargo de pastor titular. Nesse caso, a metodologia da micro-história serviu de suporte para a referida análise ao permitir que a trajetória de Ehlers, Voges e Klingelhoeffer lançasse luz sobre o exercício pastoral desenvolvido no Brasil do século XIX. As fontes estão localizadas no Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul e no Arquivo Histórico da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, bem como as principais referências encontram-se nas bibliotecas da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e das Faculdades EST. O uso do conceito de excepcional normal aplicado aos investigados permitiu que se aprofundasse a análise sobre o quanto os religiosos acatólicos corresponderam à expectativa da Igreja e de suas comunidades. Os resultados alcançados demonstram que houve excepcionalidade e normalidade na atuação eclesiástica dos pastores junto aos seus fiéis e ao dialogarem com as autoridades nacionais que representavam setores jurídico-burocráticos do império brasileiro e da província do Rio Grande do Sul.
Palavras-chave: imigração, Rio Grande do Sul, século XIX, pastor, excepcional normal.
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