Os marcos da fazenda Beija-Flor: as estratégias de afirmação de propriedade em meio à aplicação da Lei de Terras de 1850

Autores

  • Cristiano Luís Christillino UEPB/UFPE

Resumo

Neste artigo, discutimos as estratégias dos fazendeiros em torno da afirmação de propriedade, em meio à aplicação da Lei de Terras de 1850. Esta análise foi desenvolvida a partir da investigação dos litígios de terras, envolvendo os Azambuja e os Ribeiro, no município de Taquari, ao longo das décadas de 1860 e 1870. Procuramos mostrar que o impacto da Lei de Terras sobre o processo de transição ao capitalismo, no Brasil, através da consolidação da propriedade privada, não atingiu o seu projeto inicial. Isso se deve, por um lado, ao fato de que a regularização da estrutura fundiária não ter alcançado a abrangência esperada e, por outro, a que, mesmo após a obtenção dos títulos das terras, as redes de relações sociais, nas quais estavam inseridos os fazendeiros, continuaram a ser o fator mais importante à afirmação de domínio de propriedade.

Palavras-chave: Brasil Império, família, Lei de Terras.

Biografia do Autor

Cristiano Luís Christillino, UEPB/UFPE

Possui Graduação em Historia pela Universidade Federal de Santa Maria (2001), Mestrado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2004), Doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (2010) e Pós-Doutorado em História na Universidade Federal de Pernambuco (2012). Atualmente é Professor Adjunto na Universidade Estadual da Paraíba e Professor Efetivo no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência de pesquisa na área de História, com ênfase em história agrária, história social e história política do Brasil e da América Platina no século XIX. Coordena o Grupo de Trabalho Terra na ANPUH/PB.

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Publicado

2016-03-15

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Artigos