Livros de ciência médica na Biblioteca Nacional: o acervo sobre as doenças nervosas (1860-1880)
Resumo
A abertura do Hospício Pedro II na cidade do Rio de Janeiro, em 1852, constituiu um importante marco para a história da medicina mental no Brasil. Esse foi o primeiro hospital voltado para o tratamento da loucura na América Latina e continuaria a ser a principal referência do continente até o final do século. No entanto, apesar de tal importância, muitos foram os entraves enfrentados pelos médicos que atuariam nessa especialidade até os anos de 1880. Na falta de um ensino especializado na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, o principal meio de instrução dos clínicos que se dedicavam ao tratamento das nevroses seriam os livros e periódicos especializados importados, principalmente os europeus. O acesso a eles poderia se dar através da compra de livros nas inúmeras livrarias da cidade, ou mesmo por meio da consulta aos acervos públicos, sendo o da Biblioteca Nacional o mais significativo do período em termos absolutos. Assim, focando na temática das doenças nervosas, objetivamos responder neste artigo a questões como: Quais as obras disponíveis nesse acervo? Eram majoritariamente francesas ou inglesas? A aquisição era atualizada? Qual a importância numérica do acervo de ciência mental nessa instituição durante o período? Essas obras eram consultadas com frequência? Tais títulos estavam presentes nas teses de medicina? Estavam presentes nas memórias e artigos publicados no Annaes Brasilienses de Medicina? Como essas leituras eram apropriadas?
Palavras-chave: História da loucura, História do livro e da leitura, Biblioteca Nacional.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Concedo a Revista História Unisinos o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Revista História Unisinos acima explicitadas.