Os colégios jesuítas de Portugal e a Revolução Científica: Inácio Monteiro e a recepção das novas teorias da luz em Portugal

Autores

  • Marília de Azambuja Ribeiro Departamento de História - Universidade Federal de Pernambuco
  • Arthur Feitosa de Bulhões Universidade Estadual de Campinas

Resumo

Este artigo tem por escopo analisar a atividade dos professores jesuítas dos colégios da Assistência de Portugal no que concerne ao estudo da matemática aplicada, que abarcava disciplinas como a astronomia e a óptica geométrica. Busca-se discutir a tese comumente defendida de que teria havido um atraso na recepção das novas teorias advindas da Revolução Científica no contexto português. Sustentar-se-á que a apreciação dos textos manuscritos de autoria dos professores dos colégios da Assistência Portuguesa permite uma abordagem diferente da questão, identificando, por um lado, um relevante – e articulado com a problemática da Revolução Científica – debate sobre o estatuto das disciplinas matemáticas, que culminou em um entendimento muito próprio sobre o que e como deveria ser estudado; e, por outro, uma recepção crítica das novas teorias científicas, cuja discussão esteve articulada com a síntese do debate sobre o estatuto das matemáticas. Quanto a este último ponto, restringimos nosso elenco de fontes a uma controvérsia científica específica, a saber, a discussão sobre a natureza da luz.

Palavras-chave: Revolução Científica, jesuítas, colégios, matemática, óptica, luz.

Biografia do Autor

Marília de Azambuja Ribeiro, Departamento de História - Universidade Federal de Pernambuco

Arthur Feitosa de Bulhões, Universidade Estadual de Campinas

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Publicado

2014-06-24

Edição

Seção

Dossiê: História e Ciência