Mais soldados e menos padres: remédios para a preservação do Estado da Índia (1629-1636)

Autores

  • Patricia Souza de Faria Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar o debate sobre a quantidade de soldados e de padres existentes no Estado da Índia, que foi conduzido, sobretudo, pelo vice-rei D. Miguel de Noronha durante o seu governo (1629-1635) e por ocasião da junta reunida para tratar da matéria, em 1636. No bojo desse debate, discutiram-se quais seriam as verdadeiras necessidades do Estado da Índia durante aquele período, caracterizado por desafios representados pela ação de impérios europeus rivais e por alterações políticas ocorridas nos reinos asiáticos. Na primeira metade do século XVII, desenvolveu-se uma “literatura de remédios” que atentou para os problemas militares e econômicos do Estado da Índia. Na década de 1630, D. Miguel de Noronha considerou que o número de eclesiásticos e os rendimentos concentrados pelas ordens religiosas ameaçavam a estabilidade da Índia Portuguesa. Destacaremos as opiniões emitidas pelo vice-rei e pela junta reunida em 1636 que trataram dessa problemática, isto é, analisaram o que seria fundamental: garantir a conquista espiritual ou assegurar os meios para efetivar a conquista militar do Oriente.

Palavras-chave: Império Português, Estado da Índia, soldados, ordens religiosas, Goa.

Biografia do Autor

Patricia Souza de Faria, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Professora Adjunta do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da UFRRJ.

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Publicado

2012-08-28