Anticomunismo, Democracia e Geopolítica segundo Pinochet

Autores

  • Ricardo Antonio Souza Mendes Professor Adjunto de História da América da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pesquisador do Núcleo de Estudos das Américas (NUCLEAS) e afiliado à ANPHLAC (Associação Nacional dos Pesquisadores e Professores em História das Américas)

Resumo

Este artigo pretende analisar uma das primeiras obras de Augusto Pinochet Ugarte, intitulada Ensayo sobre um estúdio preliminar de uma geopolítica de Chile en el año de 1965. Personagem que encarna a própria ditadura civil-militar chilena, Pinochet foi professor da Academia de Guerra ao longo dos anos 1960. Este trabalho, fruto da recopilação de anotações elaboradas a partir de suas aulas, apresenta já uma série de considerações acerca da crescente mobilização popular. Questionando a possibilidade de a democracia ser um regime político que possibilitasse ao Estado as ferramentas necessárias para conter a “expansão comunista”, Pinochet sugere que o conceito de democracia deveria ser “modernizado”, que o Estado deveria desenvolver uma política para conter os excessos vindos do exterior e convocava a classe dirigente chilena a criar um muro de contenção contra a expansão do comunismo, todas as propostas feitas ainda ao longo do governo de Eduardo Frei, momento da elaboração de seu Ensayo.

Palavras-chave: anticomunismo, regimes militares, Pinochet.

Biografia do Autor

Ricardo Antonio Souza Mendes, Professor Adjunto de História da América da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pesquisador do Núcleo de Estudos das Américas (NUCLEAS) e afiliado à ANPHLAC (Associação Nacional dos Pesquisadores e Professores em História das Américas)

Possuo mestrado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996) e doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (2003), tendo desenvolvido projeto de Pós-Doutorado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro com financiamento da FAPERJ. Sou Professor-Adjunto de História da América na UERJ e estou vinculado ao Núcleo de Estudos das Américas da mesma instituição. Atualmente desenvolvo trabalhos de pesquisa cujos temas são a memória filmográfica sobre os regimes civil-militares na América Latina e as imagens da imprensa conservadora latino-americana sobre a Revolução Cubana. Atuo principalmente nos seguintes temas: direitas, regimes militares, América Latina, Cinema e Memória.

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Publicado

2012-04-09

Edição

v. 16 n. 1 (2012): Janeiro/Abril

Seção

Dossiê: O Chile de Allende e Pinochet: memória e historiografia

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