Rios, lagoas, cachoeiras e rebojos: religiosidade no espaço fluvial Nambiquara

Autores

  • Anna Maria Ribeiro Fernandes Moreira da Costa Funai/ IHGMT/ Univag

Resumo

O artigo tem como objetivo apresentar a simbologia que envolve o espaço fluvial dos grupos indígenas Nambiquara, localizados a Oeste do Estado de Mato Grosso, na Terra Indígena Nambiquara, demarcada pela Fundação Nacional do Índio em 1968, em plena Amazônia Legal. A linha que contorna o espaço apreendido e ocupado pelos Nambiquara tece-se nas urdiduras das suas representações culturais e resulta de um processo etno-histórico no decurso do contato entre povos indígenas vizinhos e grupos sociais oriundos de diversas partes do Brasil. O espaço Nambiquara é apreendido em suas representações, imagens e concepções, construído em função de seus sistemas de pensamento e de suas necessidades. A água, concebida e envolvida em significados míticoreligiosos, é o ponto de partida para o reconhecimento de seu território, é o primeiro traço registrado na cartografia improvisada na areia fina do pátio das aldeias, numa escrita efêmera, reformulada constantemente nas páginas de suas memórias.

 

Palavras-chave: Nambiquara, mítico-religioso, espaço fluvial, representações culturais.

Biografia do Autor

Anna Maria Ribeiro Fernandes Moreira da Costa, Funai/ IHGMT/ Univag

Doutora em História pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Docente do Univag (Centro Universitário de Várzea Grande), membro do IHGMT (Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso) e pesquisadora da Funai (Fundação Nacional do Índio

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Publicado

2011-05-03

Edição

Seção

Dossiê: Questões indígenas contemporâneas: História e Antropologia em fronteiras