A ética da nulificação: práticas e representações do a-sujeitamento na literatura e no cinema
DOI:
https://doi.org/10.4013/hist.2021.251.12Resumo
Este artigo é o resultado de uma investigação sobre como a literatura e o cinema representaram as práticas de nulificação ao longo da modernidade. Ele procura dar uma compreensão sobre como as expressões artísticas, notadamente a literatura e o cinema, questionaram/questionam a condição de sujeição do homem moderno, revelando pontos de diferença e semelhança nos mecanismos de captura do corpo pelo poder. Trata-se de uma “genealogia da nulificação”. Um estudo que buscou, entre outras coisas, compreender como o comportamento, ao longo da modernidade, foi teorizado, ficcionalizado, apresentado e denunciado sob a óptica da nulificação, do dócil, da sujeição. Partindo, de um ponto de vista empírico, da obra de Étienne de La Boétie, passando por livros de Franz Kafka e chegando até um romance de Assis Brasil, no âmbito literário, e entre os filmes Aniki-bóbó (1942), Alphaville (1965) e o curta argentino El empleo (2008), no cinema, o propósito foi estudar, numa relação entre História, Literatura e Cinema, as práticas e representações do poder, e como elas se expressaram de formas variadas ao longo do tempo. Para compreender esta variedade de estilos, portanto, o artigo trabalha com uma noção ampla de literatura e cinema, como forma de dar vazão às experiências artísticas mais variadas de escrita e de filmagem. Teoricamente, a noção de nulificação é abordada à luz dos desdobramentos da obra do filósofo e historiador francês Michel Foucault.
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