Abrir janelas nas almas dos homens: notas historiográficas nos 500 anos da Reforma Protestante

Autores

  • Silvia Liebel Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.4013/hist.2020.243.07

Resumo

A Reforma Protestante, um dos limiares da modernidade para Hannah Arendt, permanece um tema fértil para especialistas do período. Passados os 500 anos de seu marco inaugural, momento relembrado por eventos e celebrações ao redor do mundo, observa-se um contexto profícuo para um balanço dos estudos que lhe são dedicados. Pela vasta extensão do tema, este ensaio contempla um recorte da historiografia concernente às rupturas religiosas ocorridas na Europa de então, abarcando, sobretudo, a produção das últimas décadas nas academias francesa e alemã. Destacam-se, entre os elementos abordados, as múltiplas interpretações da Reforma Protestante e da Contrarreforma, além da tese da confessionalização e das pesquisas acerca das guerras de religião na França e das vivências religiosas. Busca-se, assim, refletir sobre os olhares diversos da historiografia sobre o tema, sem perder de vista o contexto vivido e os impactos desses movimentos.

Biografia do Autor

Silvia Liebel, Universidade Federal de Minas Gerais

Dedicada à história cultural da Primeira Modernidade, Silvia Liebel é professora adjunta de História Moderna da Universidade Federal de Minas Gerais, onde também atua no programa de pós-graduação em História, linha de pesquisa História Social da Cultura. Sua formação compreende passagem pela Université Paris 13, onde concluiu doutorado pleno (2011) sob a orientação de Robert Muchembled, e pela UFPR, onde concluiu mestrado (2006) e graduação (2004). Seus interesses de pesquisa giram em torno de mundos do impresso, gênero, criminalidade, violência e as práticas que construíram o indivíduo moderno, com ênfase no cenário francês dos séculos XVI e XVII. É autora de Les Médées modernes. La cruauté féminine d'après les canards imprimés français (1574-1651) (PUR).

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Publicado

2020-09-28