O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro como preparador da História (1850-1889)

Autores

  • Isadora Tavares Maleval Departamento de História de Campos - Universidade Federal Fluminense / Professora Adjunta de Teoria e Metodologia da História

Resumo

Este artigo tem o intuito de investigar na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro entre 1850 e 1889 os limites para a escrita da história do presente no século XIX. A associação e seus membros normalmente desqualificavam tal prática, primando por uma moderna noção de história, que aliaria afastamento temporal à imparcialidade, e por conta de contingências políticas do próprio contexto. Em ambos os casos, a chave do “tribunal da posteridade” aparecia como central nessa política de ocultamento ou de arquivamento de narrativas sobre os eventos coetâneos. Por outro lado, com o passar dos anos, eventos antes considerados recentes e, portanto, proibidos no território da história, tornaram-se mais passíveis de serem trabalhados com a seriedade exigida pelos sócios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Retoma-se aqui os casos da Revolução Pernambucana (1817) e da Farroupillha (1835-1845) para entender por quais meios esse complexo processo se deu.

Biografia do Autor

Isadora Tavares Maleval, Departamento de História de Campos - Universidade Federal Fluminense / Professora Adjunta de Teoria e Metodologia da História

Doutora em História (2015) pelo Programa de Pós-Graduação em História Política da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGH - UERJ), onde também obteve o título de Mestre (2010). Cumpriu estágio doutoral na Université Paris-Sorbonne (2014) e pós-doutoral no Departamento de História da UERJ, através de financiamento CAPES/FAPERJ (2015-2016). Atualmente é professora adjunta da área de Teoria e Metodologia da História no Departamento de História de Campos (CHT) da Universidade Federal Fluminense (UFF). É especialista em temas relacionados à teoria da história, historiografia, história do Brasil Império, história da Primeira República, cultura letrada e história do livro e dos impressos. Lidera o Laboratório de História Regional e Patrimônio (LAHIRP), que conta com pesquisadores brasileiros e estrangeiros interessados em discutir a História Regional em sua interseção com a questão patrimonial.

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Publicado

2020-01-31

Edição

Seção

Artigos