Entre viagens e narrativas de “desnacionalização”: a fronteira brasileira com a Argentina e o Paraguai nas décadas de 1920 a 1940
Resumo
O texto problematiza a historiografia do Oeste do estado do Paraná – região brasileira na fronteira com a Argenina e o Paraguai –, produzida a partir da década de 1980, nas formas como ela naturalizou o olhar nacionalista projetado sobre o lugar na primeira metade do século XX. Para tanto, analisa livros escritos por viajantes – em sua maioria políticos do estado do Paraná e militares oriundos do Rio de Janeiro – que estiveram na região nesse período. Defende que a visão nacionalista, na forma de denúncia de ausência de brasilidade na fronteira – em função da presença maciça de imigrantes e de serem o espanhol e o guarani as principais línguas faladas – foi apenas uma das possibilidades de interpretação da região, tendo existido outras. Por fim, destaca como o processo de “nacionalização” da fronteira acabou por marginalizar as populações imigrantes, principalmente as de origem paraguaia.
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