Representação do magistério sob o movimento da restauração católica e seu reflexo nas escolas da imigração alemã no RS

Autores

  • Lucio Kreutz Universidade de Caxias do Sul
  • Evaldo Antônio Kuiava Universidade de Caxias do Sul
  • Paulo César Nodari Universidade de Caxias do Sul

Resumo

A representação de magistério como vocação e sacerdócio foi enfatizada, a partir do século XIX, pelas instâncias mais conservadoras da sociedade europeia. Ela teve incremento especial sob o Movimento da Restauração, no qual se fazia oposição frontal à sociedade democrática e de autonomia do laico, proposta a partir da Revolução Francesa. No texto, o objetivo é salientar como se formou a concepção de magistério, sob a Restauração Católica, e como esta concepção se refletiu no processo escolar dos imigrantes alemães no Brasil. Suas diretrizes foram emitidas como posição oficial da Igreja Católica a partir do Papa Pio IX, em 1864. Com as encíclicas Quanta Cura e Syllabus, este papa condenou a tendência laica da modernidade e propôs um movimento de retorno aos princípios da Idade Média, em que nostalgicamente se imaginava haver existido uma “sociedade harmônica”, sob a primazia do espiritual. Nesse contexto, a representação de magistério como vocação foi muito acentuada, com forte repercussão no processo escolar. Mesmo tendo sido uma diretriz para toda a Igreja Católica, em função das fontes, a análise restringe-se à manifestação desse ideário nas escolas da imigração no Rio Grande do Sul.


Palavras-chave: magistério como vocação, missão sagrada, profi ssão docente.

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Publicado

2011-05-05

Edição

Seção

Artigos