O feminismo marxista e o trabalho doméstico: discutindo com Heleieth Saffioti e Zuleika Alambert
Resumo
A relação da exploração das mulheres com o surgimento da propriedade privada foi um dos pontos mais importantes da reflexão que as autoras feministas de perspectiva marxista desenvolveram nos anos 1970 e 1980. Estas autoras relacionavam o surgimento do capitalismo com o patriarcado; entendiam esses dois fatores como independentes (apesar de relacionados) e, desta forma, a libertação da mulher dependeria de uma revolução não só econômica, como também social e cultural. Muito da discussão destas autoras, como em Zuleika Alambert e Heleieth Saffioti, foi baseada em escritos de Engels. Assim, tratava-se da desnaturalização da divisão sexual do trabalho; da subordinação das mulheres em relação aos homens; do chamado modo doméstico de produção; da reivindicação da coletivização do trabalho do lar e do cuidado das crianças. Nestas discussões, as autoras articulavam as relações dialéticas entre sexo e classe social. Partindo de Zuleika Alambert, a maneira como os marxistas discutiram a questão feminina historicamente, e mais especificamente baseadas em Heleieth Saffioti, a maneira como foi discutido o trabalho doméstico entre as feministas marxistas, pretendemos neste artigo buscar narrar os debates que se articulavam entre as considerações do trabalho doméstico como não produtivo – por não produzir mais-valia – e as discussões sobre o modo doméstico de produção.
Palavras-chave: marxismo, feminismo, trabalho doméstico, divisão sexual do trabalho.Downloads
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