Uma peça em um tabuleiro: um infante na expansão quatrocentista
DOI:
https://doi.org/10.4013/hist.2023.271.02Resumo
A proposta do texto é refletir sobre uma personagem, o Infante D. Henrique de Portugal, cuja ação foi aceita, ao longo de séculos, como decisiva no processo de expansão externa europeia. A despeito de alguns juízos contraditórios e depreciativos, os traços da sua imagem que chegaram até nós são predominantemente favoráveis e mostram-se um campo fértil para cogitarmos sobre os motivos alegados, nos reinos ibéricos do século XV, em defesa do combate e da conversão em terras alheias, ou melhor, para se conjecturar sobre o que era entendido como bom, certo e necessário. Retomando fontes que foram fundamentais na difusão de ideias e ideais expansionistas, a começar por célebres autores portugueses posteriores que garantiram a fortuna da imagem do Infante, o estudo, sem qualquer pretensão de defender que suas virtudes pessoais reiteradas nas fontes atestem seu desempenho histórico, examina particularmente as ações deliberadas descritas nas narrativas quatrocentistas, suas escolhas infelizes e os acasos que favoreceram seu destaque em um processo histórico que foi para muito além da sua vida. O objetivo do estudo é esmiuçar as qualidades e as ações que traduzem uma partilha de valores que favoreceram o relevo do Infante ou sua elevação sobre os irmãos, tanto pelos feitos que lhes foram atribuídos quanto pela combinação de eventos posteriores que levaram à distinção de uns conquistadores em relação a outros.
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