A Revista do Rio de Janeiro (1876-1877): “vulgarisar as sciencias, letras, artes, agricultura, commercio e indústria”

Autores

  • Maria Rachel Fróes da Fonseca Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz

DOI:

https://doi.org/10.4013/hist.2021.253.02

Resumo

O século XIX foi cenário de uma grande expansão das publicações periódi-
cas no país, quando surgiram inúmeras revistas, como as revistas científico-literárias,
direcionadas especialmente ao público geral, e muitas delas às crianças e jovens, aos
trabalhadores e às mulheres. A ciência, a prática científica e a educação mobilizavam os
debates e os estudos de intelectuais/literatos, cientistas e políticos no período. A Revista
do Rio de Janeiro, criada no Rio de Janeiro em 1876, tendo como primeiro editor Serafim
José Alves (Bahia, 1820-1895?), representou um importante instrumento da imprensa
oitocentista vocacionado para a vulgarização das ciências, para o cultivo das ciências e
para o incremento da educação brasileira. Este artigo tem como objetivo apresentar o
papel deste periódico no contexto das atividades de vulgarização das ciências no Rio
de Janeiro na segunda metade do século XIX. Nesse estudo identificamos os editores,
redatores e colaboradores da Revista do Rio de Janeiro como agentes da vulgarização
das ciências, como “mediadores culturais” (Gomes; Hansen, 2016). Compartilhando
as palavras de Jean-François Sirinelli (1986), entendemos as revistas como um local
de encontro de trajetórias individuais, trajetórias sociais e intelectuais, com o papel de
conformar o campo intelectual por meio de mecanismos de adesão e exclusão. Além das
relações sociais e intelectuais, da atividade e do movimento nos bastidores da publicação,
preocupa-nos conhecer e apresentar as temáticas e conteúdos científicos publicados, de
forma a compreender seu papel na vulgarização das ciências.

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Publicado

2022-01-12