Casamento e compadrio na casa-grande e na senzala: a família e a escravaria do Capitão Antônio Ferreira Leitão (Porto Alegre – finais do século XVIII a meados do XIX)
DOI:
https://doi.org/10.4013/hist.2023.271.03Resumo
A partir do cruzamento de fontes e dos seguimentos nominativos, este artigo estuda o casamento e o compadrio em localidade situada na antiga capitania (depois província) do Rio Grande de São Pedro. Analisamos a família do Capitão Antônio Ferreira Leitão, que ocupou lugar de destaque na hierarquia social de Porto Alegre e foi proprietário de numerosa escravaria. A família foi escolhida como foco da análise não apenas por representar uma das mais ricas da localidade, mas também porque os escra-
vizados pertencentes à família Ferreira Leitão, no intervalo temporal analisado, tiveram acesso diferenciado ao matrimônio sacramentado na igreja e o capitão foi o proprietário do maior número de crianças escravizadas legítimas batizadas na Matriz de Porto Alegre (entre finais do século XVIII e primeira década do XIX). Essa constatação foi o mote para acompanhar a trajetória familiar do Capitão Ferreira Leitão e seus filhos, entre as décadas de 1780 e meados do século XIX, refletindo sobre suas opções em relação ao casamento e ao compadrio, assim como aquelas que foram identificadas para os escravizados que pertenciam às senzalas de seu grupo familiar. Os dados relativos à escravaria de Antônio Ferreira Leitão confirmam a hipótese de que havia uma política de permitir o casamento, manter a estabilidade e a convivência da família cativa, estimulando a reprodução dos escravizados.
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