A viabilidade econômica de um engenho jesuítico: o Santana dos Ilhéus (séculos XVII e XVIII)
DOI:
https://doi.org/10.4013/hist.2021.253.07Abstract
Trata-se do estudo de um engenho colonial localizado na vila de São Jorge dos
Ilhéus (Ilhéus, Bahia, Brasil). A análise é suscitada pela indagação dos fatores que permi-
tiram àquele engenho – pertencente à Ordem dos Jesuítas – permanecer em atividade,
enquanto todos os demais faliram economicamente na vila de Ilhéus, emmeados do século
XVII. Situado à margem da zona açucareira do Recôncavo e do porto transatlântico de
Salvador, Bahia, o Engenho de Ilhéus detinha recursos ambientais que acabaram com-
pensando sua distância em relação ao porto de Salvador, pois permitiam uma produção
agrícola e extrativista diversificada. Isso gerou rendimentos suplementares aos do açúcar
e propiciou uma diminuição significativa dos custos de produção, se comparado ao outro
engenho pertencente aos jesuítas de Santo Antão localizado no Recôncavo baiano, o
Sergipe do Conde. Por outro lado, o recurso ao autossustento e à reprodução endógena
dos cativos favoreceu no Engenho de Santana a formação de uma comunidade escrava
dotada de maiores níveis de autonomia e de uma condição de vida menos infausta do
que seus pares do Recôncavo. O artigo analisa em perspectiva comparada as estratégias
e soluções que os jesuítas de Santo Antão colocaram em prática nos seus dois engenhos
da Bahia no que se refere ao aproveitamento dos recursos ambientais, aos contratos de
parceria com lavradores e à dinâmica da administração dos escravos. O conjunto de
fontes é formado por correspondências trocadas entre os padres administradores e seus
superiores de Lisboa.
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