“E.T. Phone Home”, ou: do aterro para o museu: interseções entre arqueologia e arqueologia das mídias

Autores

  • Emmanoel Ferreira Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2020.222.05

Resumo

Este artigo demonstra as possibilidades de interseção entre a arqueologia – como disciplina, como campo das ciências – e a arqueologia das mídias, tomando como estudo de caso a escavação dos cartuchos da Atari realizada em Alamogordo, Novo México, em abril de 2014. Aponta para como a conjunção destas duas arqueologias pode proporcionar novas (e alternativas) narrativas históricas a “fatos” cristalizados pelo tempo e aceitos como verdades muitas vezes inquestionáveis; neste caso, a ideia – disseminada por mais de três décadas – de que o jogo E.T., da plataforma Atari 2600, teria sido o principal responsável pela quebra do mercado Norte-Americano de videogames no ano de 1983. Conclui-se que o trabalho conjunto entre arqueologia e arqueologia das mídias abre possibilidades para novos entendimentos acerca de aspectos culturais, sociais e econômicos concernentes a determinados fenômenos midiáticos.

Palavras-chave: Arqueologia. Mídias. Videogames. Atari. E.T..

Biografia do Autor

Emmanoel Ferreira, Universidade Federal Fluminense

Emmanoel Ferreira é Bacharel em Desenho Industrial/Programação Visual pela Escola de Belas-Artes da UFRJ (2004); Mestre (2007) e Doutor (2013) em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da UFRJ, com estágio Pós-Doutoral realizado no Poscom/UFBA (2018). Professor do Departamento de Estudos Culturais e Mídia e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF). É líder do medialudens: grupo de pesquisa em mídias digitais, experiência e ludicidade (DGP/CNPq).

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Publicado

2020-08-22

Edição

Seção

Dossiê